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Requisitos para exportação na América Latina

Requisitos para exportação na América Latina

A América Latina é uma região cada vez mais atraente para o comércio internacional e expansão. Sua crescente classe média, diversos recursos naturais e acordos comerciais com as principais economias globais fazem dela um destino estratégico para exportadores.

Exportar para países latino-americanos geralmente exige uma sólida compreensão de estruturas regulatórias, procedimentos logísticos e práticas de faturamento. Para líderes empresariais que buscam expandir para novos mercados ou exportar pela primeira vez, entender esses requisitos é essencial para desenvolver operações lucrativas e compatíveis.

Este guia oferece uma análise aprofundada dos aspectos regulatórios, logísticos e tributários da exportação para a região, incluindo exemplos detalhados de países selecionados.

 

 

Requisitos para exportar para qualquer país da América Latina

Cada país latino-americano tem suas próprias leis alfandegárias e políticas comerciais. As principais áreas a serem abordadas incluem registro de exportador, classificação de produto, conformidade regulatória e obtenção das licenças necessárias.

  1. Análise de mercado e ambiente

Entender a demanda do consumidor, a concorrência local, as obrigações fiscais e tarifárias e as práticas comerciais é fundamental para construir relacionamentos comerciais fortes, respeitosos e sustentáveis ​​com parceiros locais.

O primeiro passo é definir claramente os objetivos do seu processo de exportação. Você quer expandir seu negócio para novos mercados? Quer diversificar sua oferta de produtos ou serviços? Você tem interesse em aumentar a lucratividade da sua empresa? Ser capaz de definir metas concretas permitirá que você direcione sua pesquisa de forma mais estratégica e eficiente.

2. Documentação legal

O exportador deve cumprir com as exigências exigidas pela alfândega de destino. Documentos de exportação, como faturas comerciais, certificados de origem, licenças de exportação, documentação alfandegária e outros documentos exigidos por autoridades governamentais.

  • Fatura pró-forma: é um documento preliminar emitido pelo exportador com a finalidade de fornecer informações detalhadas sobre os produtos ou mercadorias.

  • Fatura comercial: É um dos documentos mais importantes nas trocas comerciais. Especifica o conceito, a quantidade e o valor dos produtos ou serviços vendidos, bem como as condições de entrega e pagamento.

  • Certificado de origem: este documento certifica a origem da mercadoria, ou seja, o país onde ela foi produzida.

  • Documentos de transporte: são contratos de transporte entre as partes e funcionam como comprovante de recebimento da mercadoria no país de destino. Alguns são conhecimento de embarque, conhecimento de embarque ou conhecimento aéreo.

  • Apólice de seguro: está vinculado ao seguro da mercadoria durante a viagem. Pode ser contratado pelo exportador ou pelo importador.

>>Leia também: Como abrir uma empresa no Brasil sendo estrangeiro

3. Embalagem das mercadorias

Os países importadores podem impor regulamentações específicas relacionadas à linguagem de rotulagem, unidades de medida e padrões de segurança para garantir a conformidade com as regulamentações locais de proteção ao consumidor e ao mercado.

4. Logística

Consultoria especializada em questões de transporte e cadeia de suprimentos é essencial. Buscar conselhos sobre logística internacional e conhecimento dos procedimentos alfandegários locais será de grande ajuda ao embarcar em um empreendimento de exportação.

5. Transporte

Neste contexto de envios transfronteiriços, deve-se considerar a natureza dos produtos a serem exportados e avaliar aspectos como o Incoterm utilizado, a distância, o prazo de entrega, a embalagem, o seguro e as taxas, entre outros.

 

Documentação necessária de logística e transporte

As autoridades alfandegárias latino-americanas exigem um conjunto padrão de documentos comerciais e de transporte. Esses documentos não apenas facilitam a liberação, mas também servem como prova legal de atividades comerciais.

1. Fatura comercial: este documento descreve a transação entre o comprador e o vendedor. Deve conter:

  • Nome completo e endereço do exportador e importador

  • Descrição detalhada do produto (incluindo código SH)

  • Quantidade, valor unitário e valor total

  • Incoterm acordado (por exemplo, FOB, CIF)

  • Moeda usada para a transação

2. Lista de embalagem

Um documento separado detalhando como as mercadorias são embaladas e suas características físicas:

  • Número de caixas ou paletes

  • Peso e volume por pacote

  • Dimensões

  • Referências e códigos de produtos


3. Conhecimento de Embarque ou Conhecimento Aéreo
Este documento funciona como um recibo de remessa e contrato de transporte. Ele é emitido pela empresa de transporte ou remessa e deve refletir com precisão o conteúdo e a rota da carga.

4. Certificado de Origem
Necessário para determinar se os bens se qualificam para tratamento tarifário preferencial nos Acordos de Livre Comércio (ALCs). Deve ser assinado e validado por uma entidade autorizada.

5. Declaração de Exportação
É apresentado à autoridade aduaneira do país exportador. Inclui informações detalhadas sobre a transação e permite monitorar fluxos comerciais e conformidade regulatória.

6. Certificado de Seguro
Obrigatório segundo Incoterms como CIF (Custo, Seguro e Frete), este certificado verifica se a carga está segurada contra perdas ou danos durante o transporte.

 

Faturamento de exportação

Na América Latina, as práticas de faturamento de exportação diferem das transações domésticas, e regulamentações fiscais rígidas devem ser seguidas.

As faturas de exportação geralmente são emitidas em moedas estrangeiras, como dólares americanos ou euros. Os exportadores devem verificar se o país de destino aceita a moeda selecionada e considerar as implicações da taxa de câmbio para o reconhecimento da receita.

As exportações geralmente são isentas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em toda a região, mas para aplicar essa isenção, as empresas devem emitir um formato específico de fatura de exportação, declarar a transação à alfândega e guardar o recibo de remessa (B/L ou AWB). O não cumprimento das regras de documentação pode resultar na obrigação de pagar IVA ou na recusa de isenção.

A maioria dos países latino-americanos não aplica IVA às exportações, mas os exportadores devem fornecer documentação específica para demonstrar que a transação se qualifica. No âmbito tributário, tanto o exportador quanto o importador devem ser identificados por um documento de identidade, definindo-se então quem assume os custos e riscos em cada etapa do embarque. Por fim, a fatura deve refletir o verdadeiro valor comercial das mercadorias para uma avaliação precisa dos impostos.

As autoridades fiscais locais podem exigir que os exportadores enviem faturas eletronicamente e as informem por meio de plataformas nacionais (por exemplo, o CFDI no México ou o sistema NF-e do Brasil).

 

Incoterms: seu papel nas operações de exportação e considerações regionais

Incoterms, abreviação de Termos Comerciais Internacionais, são termos comerciais padronizados publicados pela Câmara de Comércio Internacional (ICC) que definem as responsabilidades de compradores e vendedores em transações internacionais. Eles determinam quem assume os custos e riscos relacionados ao transporte, seguro, desembaraço de exportação e importação e entrega das mercadorias.

Principais Incoterms usados ​​no comércio latino-americano

  1. FOB (Free on Board): comumente usado para exportações marítimas. O vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio no porto de partida. O comprador assume a responsabilidade a partir desse momento.
  2. CIF (Custo, Seguro e Frete): O vendedor cobre os custos, o seguro e o frete até o porto de destino, enquanto o comprador é responsável quando as mercadorias chegam.
  3. EXW (Ex Works): Responsabilidade mínima do vendedor, que disponibiliza a mercadoria em suas instalações. O comprador cuida de todos os procedimentos de transporte e alfândega.
  4. Entregue no local e entregue com direitos pagos: oferecem grande conveniência para os compradores, mas impõem obrigações significativas aos exportadores, incluindo desembaraço de importação e gestão de impostos.La adopción e implementación de los Incoterms varían en América Latina debido a las diferencias en la infraestructura aduanera, la interpretación regulatoria y la madurez logística:


México e Chile: Esses países geralmente oferecem maior flexibilidade e previsibilidade na aplicação dos Incoterms. Os processos alfandegários são simplificados e os despachantes de carga estão familiarizados com os padrões da ICC. Os termos CIF e FOB são amplamente aceitos e utilizados com eficiência.

Brasil: Embora os Incoterms sejam reconhecidos, a complexidade das regulamentações tributárias (incluindo ICMS e IPI) e os procedimentos aduaneiros burocráticos podem complicar a aplicação de termos como DDP ou DAP. Os vendedores geralmente preferem FOB ou CIF para evitar obrigações fiscais nacionais e encargos processuais de importação.

Colômbia: Os exportadores geralmente usam FOB e CIF. Entretanto, diferenças entre os Incoterms contratuais e sua interpretação pelos costumes locais podem exigir assistência jurídica. Atrasos em portos e discrepâncias em documentos são comuns.


Argentina (opcional): Devido aos controles de câmbio, às políticas de importação voláteis e à tributação escalonada, os exportadores frequentemente evitam os Incoterms, onde devem assumir a responsabilidade aduaneira do comprador (como o DDP). FOB ou FCA são considerados mais seguros.

 

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