Rede 6G: o que já sabemos sobre essa tecnologia?

Mesmo há pouco tempo desde a chegada do 5G no país e sua ainda adaptação em diversas regiões, muito já está sendo falado sobre a rede 6G e seus benefícios em relação à anterior. 

Em teoria, essa é uma tecnologia que trará uma velocidade muito maior do que a do 5G. Mas, ainda é um plano que está no papel, com previsão de ser concretizada no território nacional daqui há alguns anos. 

Então, será que já está na hora de discutir uma nova rede móvel enquanto a tão esperada do 5G ainda não foi inteiramente difundida no Brasil? Afinal, segundo o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quinta rede só será finalizada em meados de 2029. 

Alguns consideram que sim, que essa pode ser uma medida ousada considerando que grande parte do país ainda nem está pronta para receber o 5G. Contudo, outros mais otimistas incentivam o desenvolvimento paralelo desta nova tecnologia, como forma de acompanhar as transformações digitais que se intensificam a cada ano. 

Por mais incertezas que o tema traga para o mercado, algo é certo: a rede 6G já está no radar internacional, e certamente trará muitas vantagens para a conectividade da população. Então, nada melhor do que já acompanhar seu desenvolvimento e possíveis impactos quando for de fato implementada. 

Neste texto, explicaremos o que consistirá a rede 6G, suas principais diferenças do 5G, e a previsão de quando chegará ao Brasil. Veja os tópicos que serão abordados: 

• O que é rede 6G? 
• Quais serão as características da rede 6G? 
• Quais as diferenças do 5G para o 6G? 
• Quando a rede 6G chegará no Brasil? 
• Como preparar as empresas para o 6G? 

Boa leitura. 

O que é rede 6G? 

A rede 6G é a sexta geração de redes móveis, sucessora da 5G que ainda está sendo implementada em diversas regiões do país. 

Por ainda estar em fase de definição, pouco se sabe sobre o que consistirá o 6G. Mas, ela certamente trará uma maior velocidade de conexão aos usuários, além de novas oportunidades de expansão para as empresas de todos os portes e segmentos. 

Com qualidades e características muito mais fortes do que a quinta rede, muito se espera que o 6G seja pautado na inteligência artificial pervasiva. Ou seja, capaz de analisar o ambiente onde se encontra e se espalhar por ele, sendo uma de suas principais aplicações. 

Essa será uma das principais tecnologias que chegará junto com a sexta rede móvel, por meio de aparelhos e programas em dispositivos que usam IA de forma que passem a ter um funcionamento mais rápido e eficaz. 

Além dela, também poderemos notar uma maior centralização da computação em nuvem e uma melhor conexão com a Internet das Coisas (IoT). Todas, viabilizando um melhor gerenciamento das redes e segurança aos usuários. 

Quais serão as características da rede 6G? 

Apesar de poucas informações sobre o 6G terem sido divulgadas, já é possível compreender as principais características que esta sexta rede móvel terá. As principais serão sua maior velocidade, conectividade, baixa latência e maior banda larga para o fortalecimento das cidades inteligentes. 

Entenda melhor cada uma delas: 

Maior velocidade  

Assim como foi visto na evolução de todas as redes móveis, é certo que o 6G trará uma maior velocidade de navegação aos seus usuários, com um desempenho muito maior do que já está sendo visto com o 5G. 

Essa sexta rede irá operar em banda de frequência de terahertz e fornecerá uma taxa de dados de pico de 1.000 gigabits/s em latência menor a 100 microssegundos. Ou seja, uma rapidez 100 vezes maior do que sua antecessora, com uma maior confiabilidade e cobertura de rede muito mais ampla. 

Essa velocidade será maior até mesmo do que qualquer rede de WI-FI já existente, o que justifica a atração que já está criando no setor de telecomunicações e governos ao redor do mundo para seu desenvolvimento. 

Maior conectividade 

Como consequência da maior velocidade, o 6G também trará consigo uma maior conectividade à população que, ao contrário do que muitos acreditam, não se limitará apenas aos dispositivos celulares. 

A maior parte desta banda está sendo destinada e preparada para suportar a demanda de IoT no mercado, considerando que, a cada ano, cada vez mais aparelhos inteligentes são conectados. 

Em dados divulgados pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), como exemplo, a expectativa é que este mercado some receitas de US$ 318 bilhões neste ano, crescendo a uma taxa composta anual de 20%. Isso, levando em conta todos os serviços que engloba, como software, serviços, conectividade e dispositivos. 

Essa demanda crescente fez com que diversos especialistas do ramo projetassem que, nos próximos anos, teremos todo o tipo de dispositivos conectados à internet. De carros a drones, de servidores remotos a edifícios inteiros, relógios, sensores nas roupas e equipamentos, e muitos outros. 

Para assegurar essa conquista, o 5G servirá como uma rede de transição, abrindo espaço para que a Internet das Coisas se desenvolva e suporte esse cenário com a chegada do 6G. 

Baixa latência 

A latência é o tempo médio gasto com pacote de informações transmitido em frequências. Na rede 4G, como exemplo, essa quantia girava em torno de 50 milissegundos, enquanto no 5G foi fortemente reduzido para cinco milissegundos. 

Mesmo já tendo conquistado um avanço enorme nesse ponto, é estimado que, no 6G, essa latência seja ainda menor, na faixa de 1 milissegundo a 1 microssegundo. Esse valor é o equivalente a cinco vezes menos do que o 5G, possibilitando transmissões massivas de dados em um tempo mais rápido em menos de 1 segundo. 

A velocidade de navegação será muito maior e melhor do que temos atualmente, o que facilitará não apenas o acesso à internet em si, como também a comunicação entre pessoas e empresas de forma mais otimizada. 

Maior banda larga para cidades inteligentes 

Diversas regiões do mundo estão investindo fortemente na incorporação de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) para melhorarem sua eficiência político-econômica e amparar o desenvolvimento humano e social, promovendo uma maior qualidade de vida de seus cidadãos. 

Essas cidades inteligentes, como são conhecidas, podem ganhar ainda mais força com o apoio do 6G. Principalmente, considerando que hoje, nem a quinta rede móvel possui a robustez necessária para suportar um crescimento desses nas metrópoles. 

Mas, a chegada da sexta geração de redes móveis permitirá a maior conexão e velocidade dos dispositivos ao redor do mundo, trazendo toda a infraestrutura tecnológica para interligar províncias, estados, e países inteiros. 

Com ela, sensores, dispositivos e sistemas serão responsáveis pela inteligência das cidades, permitindo funcionalidades diversas como a captura e integração dos espaços que tragam eficiência e modernidade às regiões. Impulsionando, assim, o crescimento econômico e sustentável destas cidades. 

Em uma estimativa compartilhada pela Deloitte, este mercado de soluções para as cidades inteligentes vem apresentando um crescimento anual de 21,45% entre 2019 e 2025, respondendo cerca de US$ 250 bilhões em âmbito global e, na América Latina, em cerca de US$ 100 bilhões. 

Quais as diferenças do 5G para o 6G? 

As principais diferenças do 5G para o 6G incluem sua latência, taxa de dados, capacidade média de downloads, velocidade e média de uploads. Além, é claro, da abertura de possibilidades de conexão com recursos tecnológicos cada vez mais robustos. 

Veja melhor cada uma dessas diferenças na tabela abaixo: 

Quando a rede 6G chegará no Brasil? 

Há divergências acerca da data real quando a rede 6G chegará ao Brasil. 

A própria Anatel já havia aprovado o novo Plano de Uso do Espectro de Radiofrequências do Brasil para ser aplicado de 2021 até 2028, de forma que a implementação da tecnologia 6G em território nacional pudesse iniciar a partir de 2025. 

Contudo, muitos especialistas acreditam que a sexta geração de redes móveis apenas chegue em 2035 no país. Esse tempo, contudo, ainda dependerá do processo de incorporação do 5G, que ainda se encontra em fase inicial em diversas regiões do território. 

Esse será um dos maiores desafios a ser enfrentado pelo Brasil, tornando o acesso do 6G mais democrático e envolvendo a participação de toda a sociedade. Enquanto isso, ainda teremos um longo caminho pela frente. 

De acordo com dados divulgados pelo Ministério das Comunicações (MCom), hoje 682 municípios estão aptos para implementar o serviço de 5G. A estimativa é que, ao final deste primeiro semestre, cerca de 1,6 mil cidades já tenham sido liberadas para receber a infraestrutura da quinta geração de redes móveis. 

Caso o cronograma siga nesse ritmo, a Anatel estima que, a partir de 2030, o plano de implantação do 6G já se torne comercialmente viável, ainda que demande um custo elevado de incorporação considerando a ampla extensão do território nacional. 

Como preparar as empresas para o 6G? 

Não há dúvidas de que a rede 6G irá revolucionar o mercado e impactar o modelo de negócios de todas as empresas. E, para facilitar ao máximo essa adaptação, é preciso ajustar e preparar muito bem a infraestrutura do negócio para que consiga suportar essa nova conexão e suas mudanças. 

Como o 6G irá impactar todo o funcionamento das companhias de forma geral, a melhor forma de extrair o máximo dos benefícios proporcionados por essa rede é acompanhando o ritmo da transformação digital internamente. 

Na prática, isso significa investir na digitalização para o melhor desenvolvimento do seu negócio na maior quantidade possível de tarefas. Seja no marketing, atendimento ao cliente, TI, vendas, ou qualquer outra. 

Quanto mais departamentos e operações puderem contar com o apoio tecnológico e, acima de tudo, de recursos que prezem por uma gestão ágil, segura e em tempo real, melhores serão os resultados a serem colhidos a partir da implantação do 6G nas empresas. 

E, se sua companhia já está ou deseja se inserir nessa jornada, a H&CO pode te ajudar. 

Com mais de 30 anos de atuação, a H&CO atua com foco em oferecer um atendimento profissional e de alta qualidade em tempo hábil. Não à toa que a empresa, presente em 15 países, conta com uma equipe de mais de 500 colaboradores e mais de 12 mil clientes em todo o mundo.  

As áreas de serviços da empresa incluem contábil, staffing, gestão de entidades, além de realizar a implementação do SAP Business One, software de gestão da multinacional alemã. 

Conclusão 

Por mais distante que possa parecer de se tornar realidade, a rede 6G já está sendo amplamente discutida, principalmente em vista de seus benefícios que trará para uma maior conectividade, velocidade e baixa latência. 

Ainda temos muito o que analisar sobre essa sexta geração de redes móveis e o que será preciso para implantá-la nas empresas. Mas, mesmo assim, é importante acompanhar esse desenvolvimento e sempre buscar adequar o negócio frente aos avanços da digitalização no mercado. 

Afinal, a melhor forma de aproveitar ao máximo esse recurso é, primeiramente, incorporando a rede 5G com eficácia para suportar sua evolução e, com isso, preparar a infraestrutura organizacional para receber o 6G e suas funcionalidades. 

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